domingo, dezembro 09, 2007

Onda urbana

Eu curto a onda urbana. Os seus personagens nunca cessam de me intrigar...
É vê-los proliferar como cogumelos (e isto certamente não seria por eles considerado depreciativo) nas ruas do Grande Porto, os freaks de meia rota e calças de aladino coloridas. Quem os vê pensa que estão à margem da sociedade por razões impostas, mas o que não sabe é que nunca vê os mesmos: eles vão mudando, as roupas é que podem ser as mesmas, numa de partilha mútua ou de esquecer o passado.
Aderem a uma série de coisas estranhas como a crença de que o iogurte cura infecções vaginais e a salsa introduzida na dita cuja pode beneficiar um aborto. O azeite e o vinagre passam a fazer parte não só do armário da cozinha mas também do da casa de banho, para aplicação no cabelo.

Acabado o dinheiro e não cedendo mais aos seus caprichos, os papás forçam a dura realidade a estes jovens inconscientes. Tens de acabar os estudos, filhinho, e encarregar-te da firma ou do consultório. Vá, começas com 2000eur de semanada e depois, se fores bem comportadinho, compro aquele loft por que te apaixonaste na zona de Serralves. E depois se quiseres a Felismina vai lá fazer-te o jantar...
E lá são substituídos por mais algumas aves raras a pregar o amor livre e a ecologia mas sem se darem ao trabalho de sequer fazer a reciclagem.

E para aqueles que pararam no paragrafo sobre o iogurte, fiquem a saber que tem de ser natural porque de outra forma não resulta.

1 comentário:

Bessa Nova disse...

E para aqueles que leram tudo?... nada de Felisminas, espero!